Reportagem: O Sucesso 50 Tons de Cinza

Olá, leitores!
Hoje eu trago para vocês algo diferente no blog. Alguns devem saber, outros vão ficar sabendo agora: sou estudante de jornalismo.
Ok, o que isso tem a ver com o blog?
Tudo! Uma das minhas principais metas dentro do curso é estudar técnicas jornalísticas para trazer conteúdos cada vez mais originais, completos e profissionais para o blog. E como parte desse meu “treinamento”, desenvolvi duas pequenas reportagens para a matéria "Técnicas de redação e Edição" em conjunto com a minha amiga e parceria de “furos” Isadora Teixeira. Fomos atrás de fontes, de personagens, de histórias e o resultado, vocês podem conferir abaixo (depois me digam o que acharam)


Sucesso de 50 Tons de Cinza abre mercado para obras eróticas

Escritoras do gênero contam que obras eróticas fazem sucesso por deixarem o “faz-de-conta” de lado e se tornarem mais reais


Em 2011, o mercado literário ganhou um novo queridinho um tanto quanto diferente, a trilogia erótica “50 Tons de Cinza”, da autora inglesa E. L. James. A obra chegou à incrível marca de 100 milhões de cópias vendidas em 2014 e até hoje ocupa um dos primeiros lugares na lista do jornal norte-americano The New York Times, considerada uma das mais cobiçadas do mundo.  Desde então, a obra vem abrindo as portas para novos autores e obras do tema e direcionou os holofotes do mundo literário para o gênero erótico.
Jéssica Brenda, blogueira e uma das
                milhares de fãs da obra
           A blogueira literária Jéssica Brenda, 23 anos, é uma das milhares de fãs do livro e viu seu gosto pelo gênero erótico crescer ao terminar de ler a trilogia. “50 Tons de Cinza me apresentou um gênero literário que não me interessava. Antes dele só lia fantasia e romance sobrenatural. Na primeira vez que li, fiquei bastante chocada, mas não conseguia parar de ler. Era uma novidade. Excitante. Depois dele outros vieram, alguns até melhores”, conta.
A escritora Tatiana Amaral, 37 anos, afirma que obras eróticas em geral chamam a atenção por deixarem o “faz-de-conta” dos romances de lado e se tornarem mais próximas à realidade. No caso de 50 Tons de Cinza, Tatiana conta: "O que posso dizer é que a ideia dela foi fantástica e a história, com um “que” de amor impossível, envolvendo o sensual e o romântico, simplesmente abriu portas e ganhou o público".

Divisor de águas


Estar no mundo literário e se tornar um best seller nunca foi fácil. Falar de sexo explicitamente torna a tarefa ainda mais difícil. Tatiana Amaral comenta que quando começou a escrever romances eróticos, as editoras nacionais não trabalhavam este gênero, porém atualmente todas querem publicar obras eróticas, procurando autores e disputando obras. Ela ainda afirma que 50 Tons de Cinza não inovou, porém abriu as mentes para este tipo de literatura.
Escritora Tatiana Amaral em sessão de
                 autógrafos
Já a agente literária e escritora Adriana Vargas, 42, afirma que o livro 50 Tons de Cinza não pode ser visto como sinônimo de obra erótica, pois existem muitos livros de notória qualidade no gênero. Mas assume que "esta obra foi o impulsor de uma ascensão literária do gênero, ainda que os críticos não gostem ou não aceitem este fenômeno”.
Muitas vezes o erótico é confundido com o pornográfico. Adriana Vargas conta que existem autores que escrevem todo tipo de linguagem, nua e crua, sensual ou romantizada e que fica a critério dos leitores escolher aquilo com o qual mais se identifica. "A diferença está na cabeça das pessoas, na forma como foram educadas para encararem o assunto. Apenas precisamos respeitar as diferenças e limitações de cada um", conclui.

Queria agradecer a blogueira Jéssica Brenda, do blog Mundo B, a Karine Fernandes, colunista do blog Mundo B, a autora Tatiana Amaral e a autora Adriana Vargas por cederem o tempo delas para as entrevistas que fizemos. Foi curtinha, mas espero que tenham gostado, leitores e espero produzir muitas outras notícias e reportagens legais para o pessoal que acompanha a Academia Literária DF.
Semana que vem eu postarei a outra reportagem .)
Luciano Vellasco

Sou o cara que brinca de ser escritor e se diverte em ser leitor. Apaixonado por livros, fotografia e escrever. Jogador de rpg nos domingos livres, colecionador de Action Figures e Edições Limitadas de jogos. Cinéfilo, amante de series e animes. Estou sempre em busca de conhecer novas pessoas e aprender com cada uma delas e por último, mas não menos importante: um lendário sonhador.
Leia Mais sobre o autor

Comentários
2 Comentários

2 comentários :

  1. Oi Lu, tudo bem?

    Ótima reportagem. Eu não sou muito fã do gênero, mas já li algumas obras legais. Eu não gostei de 50 tons, mas acredito que ele abriu portas para os escritores desse gênero. O que é bem bacana, já que é fundamental ter todos os gêneros disponíveis.

    Beijos
    Leitora sempre

    ResponderExcluir
  2. Confesso que nunca li nada do gênero, e também não tenho muito interesse, acho que esse tipo de literatura se encaixa muito bem na cultura de massa aqui no Brasil, onde as novelas a cada dia ficam mais eróticas, e tendem a ficar mais, tudo é simples questão de gosto, prefiro me deparar com uma cena de sexo em um livro, do que ler um especificamente sexual, mas sou ciente que só posso dar uma critica negativa ou positiva depois de ler algo, mas enfim, alguns preconceitos meus!

    Abraço!!
    SeteCoisas.com

    ResponderExcluir

Deixe o seu comentário!